Burberry é a marca mais competente na internet

Imagem do website da Burberry.

O Luxury Lab (Laboratório de Luxo) da Universidade de Nova York fez um relatório, chamado L2, sobre os trabalhos de grifes na internet. A Burberry é a líder da lista que inclui marcas como Gucci e Ralph Lauren.

O relatório leva em consideração critérios como marketing digital, se a marca tem um website, mídias sociais e presença mobile. De acordo com Scott Galloway, fundador do laboratório, as grifes estão em uma “corrida armamentista” pela inovação nas mídias sociais. “(…) Embora 94% das marcas do Index possuam uma página no Facebook, uma em cada cinco ainda não tem capacidade de e-commerce”, disse.

Confira abaixo a lista com as 10 marcas mais competentes na internet:

  1. Burberry
  2. Kate Spade
  3. Coach
  4. Gucci
  5. Dolce & Gabbana
  6. Tory Burch
  7. Ralph Lauren
  8. Hugo Boss
  9. Louis Vuitton
  10. Michael Kors

Faça uma visita nas redes de cada marca! O site Fashion Foward tem todos os links.

A Kate Spade, por exemplo, ficou em segundo lugar por utilizar táticas no e-commerce, além de estar nas redes sociais, como Facebook, Twitter, Youtube, Tumblr e nos mobiles. Já a Ralph Lauren investe cada vez mais no seu aplicativo iPad, Hugo Boss com seu novo canal no Youtube e Michael Kors com seu novo site “Destination Kors”.

Nenhuma marca brasileira está no ranking, mas a indústria da moda no país está seguindo os mesmo passos. A Maria Bonita Extra é uma das marcas nacionais que têm investindo muito na área online. O site da grife é informativo e com bom e-commerce.  A Neon é outro caso e mantém a campanha “We like Neon” em sua página no Facebook, além de usar filmes colaborativos deixando a campanha dinâmica.

A Marca Huis Clos é outra que está enveredando pelo caminho. Ela lançou um filme online junto com o lançamento da coleção verão 2012. A área ainda está crescendo no Brasil e as marcas estão começando a explorá-la. A tendência é que isso aumente e só traga bons frutos não só para as grifes, mas principalmente para os consumidores que terão novas experiências digitais com as mascas que gostam.

A história

Para quem nãp sabe, a marca inglesa foi criada em 1879 por Thomas Burberry. Burberry foi o responsável pelo desenvolvimento da gabardine, tecido impermeável que caiu no gosto da sociedade britânica em 1901, quando desenhou a famosa capa de chuva, adaptada ao estilo militar com a eclosão da Primeira Guerra Mundial. O trenchcoat, forrado com tecido xadrez, ganhou as ruas, se atrelando cada vez mais a um conceito de elegância. Famosos e políticos aderiram a moda que fez tanto sucesso.

Gucci lança concurso de moda sustentável

Gucci lança concurso para redesenhar a Bamboo Bag.

Apostando cada vez mais na moda “verde”, a Gucci lançou um concurso em outubro, em parceria com com o Institut Français de la Mode (IFM), em que estudantes de moda tiveram que criar uma nova versão para a Bamboo Bag, a famosa bolsa com alça de bambu  na marca.

A ganhadora foi Laura Popoviciu que criou uma versão branca de algodão reciclado e com bambu, não só na alça mas também no linho do forro. Seu trabalho será produzino nas lojas da Gucci em Tóquio, Nova York, Paris e Roma, e a bolsa será vendida por US$ 1.490.

A Bamboo Bag foi desenvolvida na Segunda Guerra Mundial. A alça de bambu surgiu como um material alternativo na época para as bolsas, já que havia escassez de couro durante a guerra.

Charlotte Casiraghu, a princesa de Mônaco, foi uma das juradas da competição. Não é a primeira vez que Charlotte trabalha junto com a marca. Ela já tinha desenvolvido algumas peças relacionadas ao tema de montaria. A inspiração veio, claro, da sua experiência como amazona.  A princesa apoia a moda sustentável desde 2009, quando publicou a revista Ever Manifesto, sobre temas ligados à sustentabilidade.

E não é a primeira vez que a Gucci está envolvida em trabalhos sustentáveis. Em agosto, a marca também tinha lançado uma linha de óculos eco-friendly junto com a fabricante Safilo. Os acessórios foram produzidos com o acetato “da nova geração”, que é feito com mais elementos naturais do que é usado normalmente. Os acessórios da linha eyewear também foram feitos de materiais alternativos, no caso derivados da semente de mamona. Gucci e Safilo também anunciaram que a partir de 2012, os catálogos de óculos da marca italiana serão feitos com papel certificado, opção alternativa ao papel reciclado.

Os 90 anos de Gucci

O ano de 2011 está sendo muito importante para a grife italiana, não só pelos seus trabalhos ligados à moda “verde”, mas também é o ano em que completa 90 anos de história.

Em setembro, a marca inaugurou em Florença, na Itália, o Museu Gucci, onde está reunido todo o acervo da grife, desde sua criação aos seus trabalhos mais recentes. A ideia do museu foi idealiado pela diretora da Gucci, Frida Giannini. Vários acessórios, fotografias, documentos, roupas, dentre outros objetos, estão expostos no museu para contar um pouco de sua história ao público.

Moda reciclada

Exemplo de roupa feita de roupa pela feitas por Gabriela Mazepa

Peças encalhadas não são mais uma preocupação. Estilistas, como a uruguaia Agustina e a brasileira Gabriela Mazepa, resolveram dar um basta e reaproveitar o que não era vendido em novas coleções.

A cada temporada é incontável o número de peças como blusas, calças e vestidos que não são vendidos e ficam nas araras das lojas sobrando. A fabricação em grande quantidade também é um dos motivos da grande sobra de roupas.

Em vez de descartar em algum lixo e até mesmo queimar, a reciclagem de peças surgiu como uma solução, além de ter um compromisso com a sustentabilidade. De uma calça pode surgir um colete, ou de um vestido uma blusa.

Em entrevista para a Marie Claire, as estilistas Agustina e Gabriela contaram sobre a nova experiência. “O processo é muito desafiador. Gostamos de manter o DNA da peça original, afinal houve um esforço anterior, mantemos a costura, cortamos”, comentou a uruguaia. Nascida em Montevidéu, a estilista mora há sete anos em São Paulo e comanda a marca In.Use, junto com a sócia Ana Piriz.

“Chegamos a resultados que nunca conseguiríamos com o lápis e papel”, conta. A história da marca começou há três anos quando uma grife uruguaia propôs às duas a criarem uma linha feita com sobras de estoque. A produção de peças ainda é pequena, mas elas já falam sobre suas experiências em reciclagem de peças em palestras e em faculdades de moda no Brasil, e em outros países da América do Sul.

A estilista brasileira Gabriela Mazepa segue a mesma linha e sua função é eliminar os rastros da peça original. No comando da marca Conexão, Gabriela ganhou um prêmio do governo inglês por seu trabalho. A premiação é um estímulo para iniciativas em moda. A oportunidade surgiu quando a brasileira fechou uma parceria com uma empresária do Sri Lanka. “Em Londres, surgiu a oportunidade de desenvolver coleções para reaproveitar os excessos. Trabalho basicamente com malha. É um quebra-cabeça criar um molde que seja adaptável a qualquer situação”, explicou.

“Criar sobre o que já foi criado é uma nova forma de fazer moda”, comenta Agustina. Com a dinâmica do mercado surgiu um novo tipo de produção na área da moda. A reciclagem de roupas surge como uma opção não só econômica, mas também sustentável. É uma nova possibilidade de fazer moda e de oferecer aos consumidores um produto que seguiu uma linha de produção alternativa.

Confira algumas peças aquí.

Gucci lança óculos eco-friendly

Ainda na moda sustentável, a Gucci é mais uma marca compromissada. A marca lançou uma linha de óculos eco-friendly junto com a fabricante Safilo. Os acessórios foram produzidos com o acetato “da nova geração”, que é feito com mais elementos naturais do que é usado normalmente. Os acessórios da linha eyewear também foram feitos de materiais alternativos, no caso derivados da semente de mamona. Gucci e Safilo também anunciaram que a partir de 2012, os catálogos de óculos da marca italiana serão feitos com papel certificado, opção alternativa ao papel reciclado.