Alexander Wang é processado por trabalho escravo

Alexander Wang é um estilista famoso
Alexander Wang é um estilista famoso

O estilista Alexander Wang foi acusado, em um processo movido por ex-funcionários, por trabalho escravo. O caso do americano será julgado na Suprema Corte dos Estados Unidos. Dennis Wang, irmão do estilista, também foi acusado e, segundo os ex-funcionários, as jornadas passavam de 16 horas e tinham péssimas condições de trabalho.

A fábrica de Wang fica em Chinatown, em um lugar sem janelas e com menos de 200 metrosquadrados. O ex-empregado Wenyu Lu, de 56 anos, disse ao jornal The New York Times que passava mais de 90 horas por semana na fábrica e quando prestou queixa foi demitido. Seu advogado também contou que Lu desmaiou depois de um turno ininterrupto de 25 horas.

O processo de US$ 50 milhões foi registrado na Corte Suprema do Queens e foi levado para a Corte Federal. No total, são 29 ex-empregados que abriram o processo. A assessoria de Alexander Wang negou todas as acusações em entrevista ao site de moda WWD. Segundo eles, a empresa leva a sério a lei e que cumpre com todas as sua obrigações, inclusive referentes à carga horário e pagamento de hora extra, e que a marca garante um ambiente seguro para o trabalho.

O caso surpreendeu o público, já que Wang sempre foi um nome renomado na indústria. Ainda não se sabe como será o futuro do estilista e quais consenquências terão em seu trabalho. Apesar do processo polêmico, Alexander Wang pretende abrir mais 15 lojas até o final do ano. Ele ainda não se pronunciou oficialmente.

Não é a primeira vez que um caso assim aparece na imprensa. No ano passado a Zara também chegou a ser acusada. O programa A Liga, da TV Bandeirantes, fez um programa especial sobre o caso. Na reportagem foram mostradas as condições degradantes e irregulares que os funcionários da fábrica de costura eram submetidos na cidade de Americana, no interior de São Paulo. O Repórter Brasil, agência de notícias, também acompanhou o caso e fez uma matéria sobre a fábrica. Confira a matéria na íntegra.

A preocupação ambiental e social é algo cada vez mais recorrente na moda. A questão ganha cada dia uma maior importância. No ano passado muitos estilistas e marcas incluíram a moda sustentável em seus trabalhos e, com o aumento do número de casos de trabalho escravo em grandes marcas, o assunto virou algo preocupante em um meio que não transparecia suas mazelas.

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As dinastias mais importantes da moda

A Geórgia May Jagger aparece nesta edição especial da Vogue UK

A edição da Vogue UK de julho traz uma matéria especial: um perfil das dinastias mais importantes da moda. Neste perfil, estão incluídos modelos, aristocratas, estilistas, jet-setter, incluindo personalidades brasileiras, como a carioca Andrea Dellal, que foi modelo nos anos 80.

Andrea desfilou para os importantes estilistas e é mãe de Charlotte Dellal, a designer por trás da marca de sapatos inglesa Charlotte Olympia, e de Alice Dellal, modelo que já fez campanhas para Alexander Wang e Agente Provocateur. Andrea é irmã da estilista Patrícia Viera e da ex-modelo Cristina Viera, mãe de Harley Viera-Newton, DJ e embaixadora da Dior.

Outro clã da moda são os Brandolini que têm raízes na aristocracia italiana, além de uma mistura com o sangue brasileiro. É o caso da condessa Georgina Brandolini, nascida no Brasil, que trabalhou com Valentino e Oscar de La Renta. Suas filhas seguiram o mesmo rumo. Bianca Brandolini virou modelo e atriz, além de ser musa do estilista Giambattista Valli. E Coco Brandolini trabalhou para Nina Ricci e Alberta Ferretti, além de outras grifes.

Da aristocracia do rock, a família Jagger também entrou na matéria da Vogue. Jerry Hall, a segunda esposa de Mick Jagger, era modelo e tinha trabalhado com Thierry Mugler a Karl Lagerfeld. As filhas do cantor seguiram o mesmo caminho Lizzy Jagger desfilou para Vivienne Westwood e Georgia May Jagger fez para campanhas da Versace. Em junho, Georgia esteve no Brasil para o Fashion Rio.

Em entrevista para Vogue, Georgia, de 19 anos, falou um pouco de sua carreira. “Eu acho que você tem que saber que a carreira de modelo é curta, a não ser que você seja a minha mãe, que trabalhou muito tempo. Por isso, penso muito no futuro, no meu próximo passo”, disse a modelo.

A filha do Rolling Stone também se mostrou apaixonada por fotografia. “Me interesso muito mesmo por fotografia. Toda vez que trabalho com um fotógrafo famoso, tento aprender tudo. Vou começar em breve um curso na LCC (London College of Communication) em Londres, já estou até procurando uma casa em Notting Hill. Quero saber tudo sobre luz, composição, para depois também começar a filmar algumas coisas, outra vontade que tenho”, disse à revista.

Sobre ser filha de um dos maiores astros do rock, a modelo comenta as vantagens e desvantagens. “A melhor é que eles (Mick e Jerry Hall) são incríveis e são meus pais. E eu os amo. A pior é ter as pessoas achando que porque você é filho de alguém famoso, não faz nada. Por exemplo, quando fiz a coleção para a Hudson, disseram que eu só coloquei meu nome lá. O que não é verdade, porque eu adoro participar do processo todo que envolve a moda. Ah, e os paparazzi. Se bem que só me fotografam em outros países. Quando estou na Inglaterra vou ao supermercado, fazer compras na Liberty e na Selfridges sem ser notada. Acho que uma única vez uma pessoa me reconheceu na rua”, comentou Georgia.

Foto: r9M no Flickr