Moda e anorexia, o que os une?

Anorexia e bulimia são um problema no munda da moda

Uma questão que é muito discutida no âmbito da moda é a anorexia. A moda impõe novos conceitos e modelos de beleza, colocando um corpo magro e frágil como algo bonito.

Mas ela não é a única responsável por essa padronização. Obviamente os meios de comunicação ajudam a disseminar e alimentam esses parâmetros condenados pelas sociedade.

Modelos com aspecto esquelético são consideradas musas quando estão na passarela. Mas essa tendência cada vez mais enfraquece, por conta das doenças que muitas mulheres têm, como anorexia e bulimia, em busca de uma imagem que consideram perfeita, mas que não é saudável.

A Espanha foi o primeiro país a dar um basta. A Passarela Cibeles, a Semana da Moda de Madri, obrigou a colocar nas passarelas modelos com o IMC (Índice de Massa Corporal) saudável , entre 18,5 e 25 e proibiu mulheres extremamente magras. Londres, Milão e Paris seguiram o mesmo exemplo.

Uma das questões que contribuiu para a polêmica foi a morte de modelos latinoamericanas, como a uruguaia Luisel Ramos, 22, que sofreu um ataque cardíaco em plena passarela, e a brasileira Ana Carolina Reston, 21, morta em novembro vítima de uma infecção generalizada causada por sua debilidade extrema, em 2007. Não há como culpar somente a moda em sim, mas é o conjunto de publicidade, comunicação e uma indústria forte que dita padrões que ajuda a disseminar uma imagem, que na verdade, é negativa.

Polêmica divide o mundo da moda

O tema divide muitos profissionais da área. Em 2007, Giorgio Armani já havia denunciado a anorexia. “A moda não deve adotar a idéia de que uma bela mulher está fora de moda”, disse.

Para o estilista, não é só a anorexia, mas também o mito da eterna juventude, que cria uma certa confusão: “Vejo muitas imagens publicitárias feitas com pessoas que não têm nada a ver com o produto, com mulheres e homens muito jovens. É claro que todos querem ser jovens, mas assim se cria uma confusão”. “Existe uma confusão e me pergunto por quê. É preciso rejuvenescer, mas criar ao mesmo tempo certa credibilidade”, disse.

No entanto, Armani também disseque “Karl Lagerfeld (estilista da Chanel que afirmou na época que as clientes de haute couture costumam ser jovens) tem razão ao imaginar suas criações vestidas por jovens modelos, já que uma jovem parece acrescentar algo ao vestido, um frescor que pode até minimizar algum detalhe excessivo da peça”.

Foto: Bleucoast.com

Autor: Mariana Valle

Blogger na rede The Diktyo SL.Cursando Comunicação Social - Jornalismo na UFRJ.

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